Somos censurados quando não podemos assumir a nossa real identidade, ou quando assumimos e somos indevidamente discriminados por uma sociedade cega e intolerante. Quando somos vigiados por câmeras, às quais se quer fomos comunicados sobre o assunto, assim nos observando e pondo à prova nossa privacidade, ou pelo menos a noção que tínhamos dela. Quando não podemos questionar e criticar (por que não?) uma administração falida e corrupta, que vive de uma aparência perfumada e cor-de-rosa, com a qual tenta cegar os eleitores, quando na verdade não passam de um monte de esterco.
Se a censura é ruim, então vale tudo? Não, tratamos aqui de uma censura criminosa, que castra e destróis qualquer tentativa de crescimento e formação de uma sociedade inteligente. Não somos a favor de nenhuma libertinagem, mas queremos coerência com os princípios. Estamos aqui para questionar e muito, para criticar e não podemos perder esse direito. Não podemos regredir a uma ditadura, onde se é vigiado e reprimido. Não precisamos de câmeras, dessa sensação de Big Brother - não cito aqui o programa, mas o livro 1984 - dessa repressão sem razão de existir. Reprimir não soluciona problemas, não reduz a criminalidade, apenas muda de lugar.
Essa censura burra torna cada vez mais a população acostumada a ser hipócrita, a dissimular, pois quando existe algo que nos impede de fazer ou agir de uma certa maneira, o que fazemos é nada menos que esconder, assim corrompendo valores. Se se pode fazer escondido, por que admitir? Não diga mais que você vive em uma época sem censura, com liberdade de expressão e pensamento, somos muito mais vigiados e censurados que pensamos.
Brennah Enolah†